quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

RVCC 10ª Sessão

A Meteorologia é uma ciência que estuda as mudanças da Atmosfera nas suas relações com o tempo e o clima e faz previsões sobre as condições do Tempo.

Este trabalho é feito em Observatórios, pelos Meteorologistas, com auxílio de vários aparelhos que medem o tempo atmosférico.


OBSERVATÓRIO de METEOROLOGIA E GEOFISÍCA



APARELHOS de LEITURA METEREOLÓGICA




Os meteorologistas todos os dias MEDEM, REGISTAM, DIVULGAM
na Televisão, nos Jornais e na Rádio, o BOLETIM METEREOLÓGICO.


Podem PREVER fenómenos que possam vir a acontecer como por exemplo:



Podem PROTEGER as pessoas e bens, em caso de: acidentes, calamidades ou catástrofes naturais.

NAVEGAÇÃO MARÍTIMA
Avisar os navios da direcção dos ventos, nevoeiro, trovoadas, chuvas torrenciais...

NAVEGAÇÃO AÉREA
Avisar a torre de controle dos aeroportos da direcção dos ventos nevoeiro e tempestades na alta atmosfera...


RODOVIÁRIA
Avisar os condutores de automóveis da existência de nevoeiro, neve, chuva torrencial, trovoadas, ciclones...

As informações metereológicas do tempo são emitidas pelos SATÉLITES artificiais que estão no espaço
Os metereologistas usam aparelhos, cartas, mapas,
escalas e símbolos para que seja mais fácil percebermos as condições do TEMPO.

FENÓMENOS ATMOSFÉRICOS


MAS...o HOMEM está a alterar o clima da TERRA e a mudar o AMBIENTE com a:
POLUIÇÃO do AR


POLUIÇÃO DA ÁGUA / oceanos, mares, rios
POLUIÇÃO DO SOLO

EFEITOS da POLUIÇÃO
AR ÁGUA SOLO


Buraco de ozono
A atmosfera está envolvida por uma camada de gás, o ozono, que protege a Terra dos raios ultravioletas do Sol
Os fumos e gases das fábricas e dos transportes poluem o ar e ......
¨ A camada de ozono está a diminuir.
¨ Provoca cancro de pele
¨ Cataratas nos olhos

EFEITO DE ESTUFA
A Poluição absorve os raios infravermelhos do Sol e......
Aumenta o calor da Terra.
Diminuem as chuvas e aumenta a desertificação.
Aumenta a fome no Mundo.
Destrói os seres vivos.

CHUVAS ÁCIDAS
Os fumos das fábricas e dos transportes, sobem para a Atmosfera onde se formam as nuvens.
Quando chove, a água da chuva está poluída e ...
Queima os solos
Ataca as folhas
Mata as árvores
Estraga Monumentos
Destrói a Vida





Podemos definir clima, palavra derivada do grego clássico ( klima ), como as características meteorológicas de uma dada região, registadas num período relativamente longo de tempo. Para esse efeito usam-se determinados parâmetros como a temperatura, o vento e a pluviosidade.
O conjunto desses dados recolhidos, em períodos não inferiores a 30 anos, permite-nos compreender a realidade local e defini-la de acordo com modelos precisos, os quais podem mesmo ser comuns a inúmeras regiões do planeta.
A definição do clima local não inclui apenas as médias dos parâmetros utilizados mas pode abarcar as amplitudes diárias, mensais, anuais e os respectivos extremos.
A definição de clima no glossário do Grupo Intergovernamental de Peritos sobre Mudanças Climáticas ou “ Intergovernmental Panel on Climate Change “ ( http://www.ipcc.ch/ ) é a seguinte :
Em sentido restrito, define-se clima como o “ estado médio do tempo ( em termos meteorológicos ) “ ou, mais rigorosamente, como um cômputo estatístico dos estados meteorológicos em termos de estimação média ou a respectiva variação dos valores relevantes durante períodos que podem ir de vários meses a milhares ou milhões de anos. O período mais corrente é de 30 anos, segundo a Organização Meteorológica Mundial ( OMM ).
Os factores considerados são sobretudo variáveis à superfície ( como por exemplo a temperatura, a precipitação ou a força do vento ), ainda que, num sentido mais amplo o “ clima “ seja uma descrição estatística do sistema climatérico.


O que são zonas climatéricas ?
Tal como foi escrito anteriormente, é possível compreender o clima local e defini-lo de acordo com modelos precisos.
Actualmente a forma mais universal de divisão dos tipos climáticos é o sistema de classificação climática de Köppen, utilizada em geografia, climatologia e ecologia, embora exista sempre uma gradual transição de região para região.
Este sistema foi proposto em 1900 pelo climatologista Alemão Wladimir Köppen, tendo sido por ele aperfeiçoada várias vezes até 1936, através de novas versões, preparadas em colaboração com Rudolf Geiger.
Classificação climática de Köppen-Geiger
A classificação de Köppen-Geiger baseia-se essencialmente nos valores da temperatura, da precipitação e da distribuição dos mesmos durante as estações do ano.
Através da ligação http://pt.wikipedia.org/wiki/Classificação_do_clima_de_Köppen pode-se ter uma noção dos diferentes tipos e da sua distribuição regional à superfície da terra.


Portugal continental


O clima em Portugal varia significativamente de região para região, e é influenciado pelo relevo, latitude e proximidade do mar, que proporciona Invernos suaves, especialmente no Algarve.Nas áreas do Porto e Norte de Portugal e Beiras, especialmente nas zonas mais próximas de Espanha, os Invernos são mais frios, apesar das temperaturas serem moderadas quando comparadas com o resto da Europa. Regista-se alguma queda de neve, que é mais frequente na Serra da Estrela, onde se situa o ponto mais alto de Portugal continental (1991m) e se podem encontrar condições para a prática de ski. Os Verões são quentes e secos sobretudo nas regiões do interior (Nordeste transmontano e Alentejo), e no litoral o calor é moderado pela influência marítima. Durante o Outono registam-se frequentemente dias ensolarados com temperaturas amenas, que ao ocorrerem no início de Novembro costumam ser popularmente designados por "Verão de São Martinho", devido à proximidade da data em que se festeja este Santo (11/11).


Açores


Influenciado pela latitude e pela acção reguladora da corrente do Golfo, o clima dos Açores é caracterizado por temperaturas amenas ao longo de todo o ano. Estas influências condicionam igualmente a temperatura da água do mar, que se mantém muito agradável tanto no inverno como no verão, possibilitando a prática de diversos desportos marítimos.Madeira com características subtropicais que se devem à sua posição geográfica e ao relevo montanhoso, o clima no arquipélago da Madeira é excepcionalmente ameno, com temperaturas médias do ar que variam entre os 24 ºC no verão e os 19 ºC no Inverno. A água do mar mantém igualmente uma temperatura muito agradável ao longo de todo o ano devido à influência da corrente quente do Golfo, oscilando entre os 18 ºC (Inverno) e os 22 ºC (Verão).


O Distrito de Coimbra está localizado na Região da Beira Litoral e apresenta, aproximadamente, a configuração de um rectângulo, numa área de 3.974,9 km2, distribuída por 17 concelhos. Coimbra é um distrito de contrastes onde a vizinhança do mar e a zona montanhosa cria grandes diferenças de clima, havendo zonas de clima temperado, muito próximo do clima mediterrâneo, e zonas muito frias, no interior, onde é frequente a precipitação de neve.




Média mensal das temperaturas mínimas e máximas diárias. °C/°F



Precipitação descreve qualquer tipo de fenómeno relacionado com a queda de água do céu. Isto inclui chuvisco, chuva, granizo ou neve. mm/inch



Nº de dias com precipitação ≥ 1mm



Média mensal do número de horas de sol por dia.

A frequência de condições climáticas extremas tem aumentado: mais tempestades severas e inundações nos países do Norte durante o Inverno; períodos prolongados de seca, ondas de calor e reduzidos períodos de chuva que têm como consequência incêndios florestais, nos países do Sul.
Um estudo divulgado pela revista "Nature" (Setembro 2006) afirma que os fenómenos climáticos extremos ocorridos nos últimos Verões na Europa continental poderão ser cada vez mais frequentes até ao fim do século. Paralelamente, o clima quente e seco dos países ribeirinhos do Mediterrâneo poderá chegar até ao Norte da Europa.
Furacões:
Os furacões de categoria 4 e 5 duplicaram nos últimos 30 anos. Ex. Katrina
Cheias:
As cheias são consideradas, por um relatório da OMS, como o desastre natural mais comum na Europa que, entre 1995 e 2004, sofreu 20 grandes inundações que mataram quase mil pessoas e afectaram 2.5 milhões.
Mortes:
Estima-se que as mortes resultantes do aquecimento global vão duplicar nos próximos 25 anos, atingindo as 300000 pessoas por ano.

Mas não só o clima e meio ambiente são preocupações do nosso povo, as questões morais e clínicas em situações extremas, estão presentes no nosso dia a dia. São controversas, e eu como profissional de saúde, e sem querer aqui influenciar ninguém, vou tentar explicar um pouco de duas situações que se encontram interligadas e que são ou poderiam ser a preocupação de muitos. Estou a falar da EUTANÁSIA e dos CUIDADOS PALIATIVOS.


Começo por vos deixar aqui uma reportagem da jornalista Ana Borges, da TVI, reportagem premiada, e que traduz a vida de um doente terminal, que optou pelos cuidados paliativos, não como tratamento, mas sim como meio de conseguir ter um fim de vida condigno.


Cuidados Paliativos

Os Cuidados Paliativos são os cuidados que respondem aos problemas que decorrem da doença avançada, prolongada, incurável e progressiva, e tentam prevenir o sofrimento que ela gera, proporcionando a máxima qualidade de vida possível aos doentes e suas famílias. Baseiam-se no controlo activo dos sintomas, na comunicação eficaz com o doente e família, e num trabalho em equipa interdisciplinar. Podem durar semanas, meses e, mais raramente anos, e prolongam-se pelo período do luto.
Segundo a definição da OMS– Organização Mundial de Saúde, em 2002, os Cuidados Paliativos:* Proporcionam alívio da dor e de outros sintomas incomodativos e geradores de sofrimento.* Afirmam a vida e vêem a morte como um processo normal.* A sua intenção não é, nem apressar, nem adiar a morte.* Integram os aspectos psicológicos e espirituais dos cuidados aos pacientes e oferecem um sistema de suporte para os ajudar a viver tão activamente quanto possível até à morte.* Oferecem um sistema de suporte para ajudar a família a lidar com a doença do paciente e com o período de luto.* Utilizam uma abordagem em equipa para responder às necessidades dos pacientes e suas famílias, incluindo aconselhamento durante o período do luto quando necessário.* Realçam a qualidade de vida e podem influenciar positivamente o decurso da doença.* São aplicáveis desde cedo no decurso da doença, em conjunto com outras terapias que visam o prolongamento da vida, tal como a quimioterapia ou a radioterapia, e incluem as investigações necessárias para melhor compreender e lidar com os incómodos das complicações clínicas.
Os Cuidados Paliativos são cuidados fundamentais para que o doente tenha qualidade de vida até ao fim e para que a família tenha a certeza absoluta de que está a ser feito tudo o que pode ser feito.
Quando não se pode curar, tem de se cuidar, até ao fim.* Cuidar do doente aliviando as suas dores físicas, psicológicas e espirituais.* Cuidar de quem cuida, que são normalmente os familiares, mas que também podem ser amigos ou vizinhos.* Cuidar da família que está perturbada pela doença do seu ente querido.
Um doente em fim de vida e a sua família devem merecer o melhor cuidado.
As equipas de Cuidados Paliativos são interdisciplinares e nelas trabalham em sintonia médicos, enfermeiros, auxiliares de acção médica, psicólogos, assistentes sociais, assistentes espirituais e voluntários para ajudar os doentes a viver tão activamente quanto possível até ao fim.

Equipas de Cuidados Paliativos
Actualmente em Portugal existem 11 Unidades de Cuidados Paliativos:

Equipa de Cuidados Continuados do Centro de Saúde Odivelas
Unidade Autónoma de Assistência Domiciliária do IPO de Lisboa Francisco Gentil, E.P.E.
Unidade da SCM de Azeitão
Unidade da SCM Amadora
Serviço de Cuidados Paliativos do IPO do Porto, E.P.E.
Unidade do Hospital do Fundão-Beira Interior
Unidade de Cuidados Paliativos S. Bento de Menni, IHSCJ, Casa de Saúde da Idanha
Serviço de Cuidados Paliativos do IPO de Coimbra-FG, E.P.E.
Unidade de Cuidados Paliativos do Hospital da Luz
Equipa Intrahospitalar de Suporte em Cuidados Paliativos do Hospital de Santa Maria
Unidade de Cuidados Paliativos do Hospital Residencial do Mar

(Fonte: Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos)http://www.apcp.com.pt/

Recomendações para a Organização de Cuidados Paliativos
Documento do Comité de Ministros dos Estados Membros

http://www.apcp.com.pt/uploads/Recomendacoes_Organizacao_de_Servicos.pdf

Eutanásia versus Cuidados Paliativos
O debate sobre a eutanásia em relação à assistência de doentes terminais, continua vivo depois de quase 3 décadas.
O debate adopta com frequência um carácter bipolar entre dois extremos: eutanásia ou assanhamento terapêutico. Preferimos falar de obstinação terapêutica pelos matizes pejorativos dos termos "assanhamento" e "encarniçamento". Na nossa opinião, um debate nesses termos esquece outras alternativas.

Definição de Eutanásia
Para entrar no fundo da questão, é necessário clarificar o que entendemos por eutanásia. Com frequência, o uso de terminologias com pouca base científica ou imprecisas, perturba o debate de tal modo que as posições não ficam nitidamente definidas. Recolhi algumas definições em uso nos ambientes profissionais de saúde e entre os estudiosos da Bioética para nos aproximarmos de um conceito preciso de eutanásia. A selecção de fontes está circunscrito a um âmbito europeu em que nos movemos, contudo, são substancialmente semelhantes às que propõem a American Medical Association ou a Organização Mundial para a Saúde. Incluí a definição proposta pela Congregação para a Doutrina da Fé pela autoridade moral da Igreja Católica e o notável rigor da sua definição.
- O Código de Ética e Deontologia Médica espanhol (art.º 28) assinala: O médico nunca provocará intencionalmente a morte de um paciente nem por decisão própria nem quando o doente ou os seus familiares o solicitem,(...). A eutanásia ou "homicídio por compaixão" é contrária à ética médica.
- O Guia Europeu de Ética e Comportamento Profissional dos Médicos (1982): O médico não pode proceder à eutanásia. Deve esforçar-se por minorar o sofrimento do seu doente, mas não tem o direito de provocar deliberadamente a morte. Para aliviar a dor, pode ser necessário recorrer a medicinas tóxicas que poderão reduzir o tempo de sobrevivência, mas o médico não pode reduzir esses limites, ainda que tal lhe seja pedido pelo interessado ou muito menos pela sua família.
- A Declaração acerca da Eutanásia da Congregação para a doutrina da Fé, organismo da Cúria do Vaticano, (1980), define a eutanásia como: uma acção ou uma omissão que, pela sua natureza ou na intenção, procura a morte com o fim de aliviar toda a dor.
Nas definições assinaladas, encontramos três elementos para considerar alguma ciosa como eutanásia:

-1. intenção de pôr fim à vida do paciente

- 2. a aplicação de um meio adequado (seja um acto positivo ou a negação do que lhe permitiria sobreviver)

- 3. e um motivo específico: evitar o sofrimento.

Se analisarmos estes elementos, observamos que a distinção entre eutanásia activa ou eutanásia passiva não tem fundamento ético, pois não há diferença moral entre provocar a morte por um ou outro procedimento; além disso, tal distinção só confunde, ao chamar "eutanásia passiva" a coisas que não são eutanásia. A Organização Médica Colegial Espanhola na sua Assembleia de Janeiro de 1993 condenou formalmente tal distinção por considerá-la confusa e carente de base científica. Estes elementos definitórios marcam claramente o que é e o que não é verdadeira e propriamente um acto eutanásico . Poderia dizer-se que não é o mesmo "deixar morrer" e "matar", mas, enquanto que a verdadeira eutanásia busca intencionalmente a morte, não é um mero "deixar morrer", mas sim "deixar morrer a quem poderia viver se se lhe proporcionassem os meios adequados".

O caso que voltou a despoletar a polémica em torno da eutanásia, foi o de Eluana. A jovem Italiana que ficou em estado vegetativo depois de um acidente de viação, já lá vão 17 anos.
O Governo de Sílvio Berlusconi, que se opunha à morte de Eluana e que a tentou travar mandando para o Supremo Tribunal a proposta de urgência que proíbe a cessação de alimentação e hidratação artificial a pessoas em estado vegetativo. Esta proposta tinha como objectivo evitar a morte de Eluana, mas não chegou a tempo.

Este é um tema que por mais que queiramos não saírá da ordem do dia. À semelhança do aborto, é um tema polémico e controverso.

Senão vêja-se, o caso de Ramon SanPedro, um pescador espanhol que esteve 28 amos tetraplégico, resumtado de um acidente de pesca.

Moveu montanhas e apesar da lei Espanhola ser contra, conseguiu o que desejava, o fim do seu sofrimento.

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